Maria Teresa Projecto é artista e investigadora. Concluiu em 2023 o Doutoramento em Belas-Artes na Universidade de Lisboa, com uma dissertação em torno do conceito de sublime e da noção de representação artística. É Professora Adjunta na Escola Superior de Comunicação, Inovação e Artes do IPLUSO, e Investigadora Colaboradora no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), onde é um membro activo do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação e da Linha de Música e Interpretação, bem como do Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA), onde integra o Grupo de Pintura. As suas investigações teóricas e artísticas dedicam-se à relação entre estética, arte e política, através da teoria da arte, filosofia, teoria crítica e estudos de performance, com foco nas noções de representação, interpretação, e recentemente sob a lente do pós-colonialismo e decolonialidade. É autora de várias traduções (Georges Bataille, Philippe Lacoue-Labarthe, Pascal Quignard), das quais se destaca o último livro do filósofo Nidesh Lawtoo, «Homo Mimeticus. Uma Nova Teoria da Mimese» (Sistema Solar/Documenta, no prelo). Com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, participou na edição e manutenção do espólio da escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol (2012-2016). De momento, prepara uma monografia intitulada «Pintar o Tempo: No Rasto do Sublime», baseada na sua dissertação de doutoramento, e prepara ainda uma investigação de pós-doutoramento em torno da estética no pensamento do filósofo Philippe Lacoue-Labarthe. Como artista, mantém uma prática que atravessa as artes visuais e a performance musico-teatral. Como cantora lírica e intérprete, participa regularmente em apresentações e colabora com reconhecidas instituições culturais nacionais e internacionais. No seu percurso, destaca-se a criação de espetáculos híbridos ou de ópera expandida e experimental (como o espetáculo Salomé, uma co-criação com Mónica Calle). Como artista visual, participa regularmente em várias exposições colectivas e individuais. A sua linguagem atravessa vários meios (fotografia, desenho, vídeo, performance), através dos quais aborda frequentemente a linguagem do teatro e da ópera, que traz para o espaço expositivo na forma de um imaginário que as suas peças habitam e abrem.