Pedro Albuquerque (Lisboa, 1978) iniciou a sua carreira académica com o estudo da Proto-história do Sudoeste peninsular, nomeadamente sobre Tartesso numa perspetiva literária e arqueológica. Publicou um livro sobre Tartesso em 2010, na sequência da defesa da sua dissertação de mestrado (defendida na Universidade de Lisboa em 2008). Realizou trabalhos de Arqueologia profissional entre 2004 e 2009. Foi beneficiário de uma bolsa de doutoramento pela FCT (2010 – 2014), a qual se desenvolveu nas universidades Complutense de Madrid e de Lisboa. A sua dissertação de doutoramento em História, especialidade de Arqueologia (Universidade de Lisboa, 2014) incidiu, novamente, no estudo de Tartesso, desta vez na perspetiva da História comparada sobre esta entidade, casos de estudo da História de África e a presença colonial fenícia na Península Ibérica, relacionando-a com a construção de identidades em contextos coloniais. Após a obtenção do grau de Doutor, a sua investigação centrou-se no estudo do património cultural das regiões fronteiriças do Baixo Guadiana, beneficiando de duas bolsas, uma em Portugal (FCT, 2015-2022) e outra em Espanha (Universidade de Sevilha, 2022 – presente). Este estudo analisa o registo arqueológico datado entre o final da Idade do Bronze e os primeiros séculos da ocupação romana, assim como o povoamento ao longo das margens do Guadiana e, em trabalhos mais recentes, do Chança. Neste contexto, desenvolveu trabalhos arqueológicos de prospeção (municípios de Mértola e Alcoutim), codirigiu trabalhos de formação de estudantes de Arqueologia num campo-escola em Mértola (escavações, prospeções e conferências) e organizou, entre 2017 e 2023, 12 seminários e congressos em Lisboa, Sevilha, Roma, Mértola, Badajoz e Olivença. Participou em vários projetos nacionais (Pombal Global, Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa, Obra completa de Fernando Oliveira) e internacionais (Ergasteria Project, GrePuRe, La Ruta de las Estrímnides, PGI Cerro Macareno, Tarteso Olvidado, etc.). Colaborou como investigador com o CLEPUL (UL), e é investigador doutorado da Uniarq (UL) e Centro de Estudos Globais (UAb). Realizou a sua trajetória de pós-doutoramento na Uniarq e no Departamento de Pré-história e Arqueologia da Universidade de Sevilha. É, atualmente, investigador distinguido “María Zambrano” contratado na Universidade de Sevilha. É autor de 33 artigos em revistas especializadas, 21 capítulos de livro, 1 livro, 6 recensões e 1 artigo de enciclopédia. Coeditou 2 livros e participou numa edição comentada da Primeira História de Portugal (Fernando Oliveira) com comentários sobre as fontes greco-latinas e o registo arqueológico. Nas suas atividades profissionais interagiu com 38 colaboradores em coautorias de trabalhos científicos A par das publicações, participou, igualmente, como orador em vários congressos e seminários nacionais e internacionais (Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Inglaterra, Itália e Letónia), bem como conferências para vários tipos de público, onde expôs os resultados das várias etapas de uma trajetória investigadora multifacetada. Entre estas estão o estudo das fontes greco-latinas relativas à Península Ibérica e às representações dos seus habitantes, Historiografia moderna (em particular a receção das fontes sobre o Extremo Ocidente peninsular), Identidades étnicas, Arqueologia proto-histórica da Península Ibérica, Fronteiras territoriais e simbólicas no Baixo Guadiana, Património fronteiriço do Baixo Guadiana, História comparada e História Global. Orientou/ coorientou 9 teses de mestrado e 19 trabalhos finais de licenciatura e dirige, atualmente, 1 dissertação de doutoramento e uma bolsa de iniciação à investigação (Universidade de Sevilha). Desenvolve atividades docentes desde 2016.