Mestre em interpretação artística, Dalila Teixeira apresenta três atividades principais: performance, investigação em música e criação/direção de projetos. No âmbito artístico, após concluir a sua licenciatura e mestrado em piano, na ESMAE (2019), trabalha frequentemente com o Coletivo Caleidoscópio, do qual é membro fundador (Quatour pour la fin du Temps, 2019; Vórtice para o fim de um Tempo, 2022), Quarteto Contratempus (Raiz Pivotante, 2023), Canto Nono (A força e o poder da Palavra - um Canto à José Mário Branco, 2023), Coro Lira (desde 2019) e Serviço Educativo da Casa da Música (desde 2019). Em 2023 lança ainda o disco Bushido - a força do Guerreiro, com a banda Samurais Magazine, que explora a dialética entre a improvisação e a música escrita, com temas originais de Acácio Salero. No âmbito da investigação, encontra-se a frequentar os seminários do Doutoramento em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Concluiu em 2019 o mestrado em interpretação artística, na ESMAE, sob orientação científica de Daniel Moreira e artística de Pedro Burmester. Trabalhou com diversos professores, os quais influenciaram em grande medida o seu percurso e motivaram sempre a sua investigação, desde logo o seu professor de piano durante a licenciatura (ESMAE, 2015), Miguel Borges Coelho, cuja componente de análise nunca é dissociada da técnica, bem como Miguel Ribeiro Pereira, uma referência de pensamento e de vida, que muito despertou o pensamento analítico e estético. No âmbito da investigação, tem trabalhado sobretudo o diálogo entre análise e performance que, desde o seu mestrado, definem o seu foco de investigação. Após estudar aprofundadamente a sinestesia em Quatour por la fin du temps, usando essa mesma metodologia, o seu interesse principal é, de momento, a temporalidade na performance na música do séc. XX. Participou, com apresentações, em duas edições do ENIM (2021 e 2022) e integrou o painel da conferência internacional Música Analítica (Coimbra), em Outubro de 2023. No que toca à criação e gestão artística de projetos, após concluir em 2023 o CFAM (Curso de Formação de Animadores Musicais da Casa da Música) - o qual contribuiu amplamente para a sua formação na área -, tem trabalhado, no âmbito do Festival Província Sonora, promovido pela Artway (2022 e 2023), em arranjos de músicas tradicionais, que procuram uma simbiose entre o mundo erudito e o de tradição oral. Para tal, neste Festival, junta em palco músicos clássicos (Ensemble Provinciano) e músicos de associações locais (residentes em Vieira do Minho). Em 2024, inicia um novo projeto comunitário intitulado O Auto da Fonte das Três Bicas, em coprodução com a Câmara do Sardoal. Em ambos os contextos, assume a direção musical. A par destas atividades, conclui em 2022 o Mestrado em Ensino, sendo neste âmbito que leciona e acompanha na Academia de Música José Atalaya e na Escola de Música de Perosinho. Colabora recoreentemente com a Artway, nos projetos Festival Província (2022 e 2023) e Festival Efeitos Colaterartes (2023)., ambos apoiados pela Direção Geral das Artes.