Nome profissional: Tina Coêlho. Mestre em Antropologia, com especialização em Culturas Visuais, pela Universidade Nova de Lisboa. Como cineasta realizou os filmes etnográficos: "Cercados", laureado pelo Festival Internacional Ekotopfilm na Bósnia-Herzegovínia; "O Calador e a Corda", sobre a Arte Xavega em Portugal, laureado pelo Festival Internacional Heritales; e "Sistema Coral: Linhas de Vida em Assembleia", menção honrosa no Festival Neum de filme subaquático e utilizado como ferramenta na defesa da dissertação de mestrado. O filme narra os conflitos socioambientais e as relações entre espécies, abaixo da linha d'água, na maior massa contínua de corais do Atlântico Sul. A investigação recebeu da Associação Portuguesa de Antropologia, o prêmio: "Bolsa APA - Trabalho de Campo de Mestrado 2019/2020". Doutoranda em Antropologia, em associação, pelas universidades NOVA de Lisboa e ICSTE-IUL, e em cotutela com a Universidade de Brasília, Brasil, investiga com os mergulhadores da Reserva Extrativista do Corumbau, no Banco de Abrolhos, Brasil, as perceções e conflitos sócio ambientais, em decorrência da crise climática mundial. Em 2023, foi investigadora bolseira do Projeto MARPA, (EXPLO/2022/01), "Mar partilhado: as implicações da geração de eletricidade ao largo da Costa Verde de Portugal" e realizou trabalho de campo na zona de Viana do Castelo, Portugal, onde foram prospetados dados etnográficos, a partir da observação participante e entrevistas. A atenção centrou-se nas respostas locais à partilha do mar, a partir da criação do parque eólico flutuante e instalação de três aerogeradores. Como resultante deste trabalho, destaco o relatório científico produzido, e o filme "Cercados". Autora de seis livros, quatro relacionados com a salvaguarda do patrimônio imaterial, divulgação e promoção das culturas: afro-brasileira, nordestina e andina, e dois resultantes da pesquisa audiovisual ao longo de 10 anos, do processo de construção da Ferrovia Norte Sul, no Brasil. Destaco entre eles o livro "Bens Negros", publicação feita para o IPHAN, Instituto do Patrimonio Histórico e Artístico Nacional, em colaboração com a Universidade Federal do Piauí (FADEX-UFPI). Esta atividade de extensão é parte integrante do Inventário Nacional de Referências Culturais das Comunidades Quilombolas do Estado do Piauí e teve em seu objetivo principal a pesquisa, levantamento e registro audiovisual, por meio da observação participante, dos bens culturais quilombolas, de forma a estabelecer a promoção cultural afro-brasileira, além da divulgação do resultado da pesquisa e disseminação do conhecimento científico. Jornalista e fotojornalista profissional, trabalhou para os principais meios de comunicação do Brasil, entre eles as revistas: Veja, Exame, Istoé, Carta Capital, e o jornal Correio Braziliense. Colabora com a ONU em coberturas jornalísticas e campanhas publicitárias, por meio das agências: Pnud e Acnur. É fundadora da agência Terra Imagem, onde desenvolve atividades como: realizadora, editora e produtora de imagens e conteúdo, além de ministrar palestras e cursos de fotojornalismo, imagens documentais e fotografias de natureza e cavalo. Como artista realiza ensaios autorais tendo participado de diversas exposições de fotografia, coletivas e individuais, no Brasil e em países como: Chile, Equador, Áustria e Portugal. Dentre as principais mostras podemos destacar a "Bienal do Fotojornalismo Brasileiro 1990- 1995", realizada pela Fundação Bienal de São Paulo. Como cidadã, e Instrutora de mergulho e primeiros socorros, EFR, se dedica ao incremento do mergulho nas comunidades tradicionais, através da sensibilização e capacitação de mergulhadores locais, para o uso não letal dos recursos oceânicos. É condutora de mergulho autônomo (#22), no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, além de voluntária em projetos de pesquisa, conservação e uso sustentável dos oceanos.