Carlos Ferreira é Licenciado e Mestre em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ciclos de estudos que concluiu com 19 e 20 valores, respetivamente. A sua atividade científica tem-se centrado na área da Arqueologia Paleolítica, com foco na investigação das indústrias do tecno-complexo Acheulense. Nesse âmbito, tem procurado contribuir para a sua caracterização na Península Ibérica, e subsequente problematização no panorama continental, bem como para a melhor compreensão da natureza adaptativa deste tecno-complexo, da sua complexidade cognitiva, e dos mecanismos subjacentes à sua perpetuação e ampla distribuição geográfica. Na dissertação de Mestrado (aprovada por unanimidade com 20 valores e com menção honrosa atribuída pelo júri; e vencedora da categoria de Mestrado da 9ª edição do Prémio Eduardo da Cunha Serrão - 9ª edição), realizou uma primeira abordagem a estes tópicos, a partir do estudo dos Large Cutting Tools de jazidas portuguesas. Na senda do trabalho que tem desenvolvido, com propostas e objetivos renovados, candidatou-se ao concurso Bolsas de Doutoramento 2023 da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Ficou colocado em primeiro lugar no painel de História e Arqueologia com o projeto "O tecno-complexo Acheulense no ocidente europeu: caracterização e variabilidade das indústrias acheulenses da vertente atlântica da Península Ibérica" (referência 2023.00696.BD), iniciado a 1/09/2023. Simultaneamente, colabora ativamente em projetos de investigação direcionados para o estudo do Paleolítico Inferior nas bacias hidrográficas dos rios Minho, Lis e Tejo, três importantes áreas de elevado potencial geoarqueológico da fachada atlântica da Península Ibérica.